Thursday, May 25, 2006

TODAS AS NOITES, FRANCISCO

Pronto, mais uma vez me emocionei. Inesperadamente.
Sem negar os afectos, que são muitos e fundos, julguei que um certo racionalismo tem andado por aí, a pautar de certo modo a minha vida.
E… lá me vi mais uma vez surpreendida.
Fui, fomos a Évora, a família toda. À primeira comunhão do meu neto Francisco.
O Francisco compenetrado.
E no fim, tão agradecido.
«Avó, obrigado. E agradeça a todos que me mandaram parabéns.
Não se esqueça, avó.
E olhe para a libelinha. Não se esqueça.»

A libelinha de plástico pôs-ma o Francisco na mesa-de-cabeceira, um dia antes de voltar para Évora. Há muito tempo. Para eu me lembrar dele.
Todas as noites a vejo, Francisco.
Todas as noites.

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