Pois eu era aprendiz de estudante em 56 no 6ºano do liceu Pedro Nunes (hoje 10ºano).
Tinha notáveis professores estagiários em Românicas - Mário Dionísio, Maria José Salema, Maria Aliete Galhoz e outros cujos nomes já não sei.
Comprei o JL - alguns artigos elogiavam o trabalho de Maria Aliete Galhoz.
Julgo que nunca troquei uma palavra com esta Senhora.
Admirava-a.
Deixava «escorrer» algumas frases conhecedoras de Pessoa, que se não estudava nem na faculdade, à excepção da «Mensagem».
Talvez por ela me fui aproximando de Pessoa.
Na altura, uma aproximação rasteira e fascinante.
Por ela admirei aquela seriedade de trabalho exigente e incansável.
De vez em quando lia-lhe um poema.
Até que a «reencontrei» reconhecida nas páginas do JL de 11 de Setembro.
Peço-vos que leiam.
P'ra mim, Maria Aliete Galhoz é o nome presente de uma seriedade intelectual sem imagem que se tem vindo a perder.
A perder.
«Sobeja-lhe uma certa solidão mas também uma vida de exigência que testemunhará aos vindouros» (de Ivo Cruz9 e que nunca a assutou.
Tuesday, August 17, 2010
COMPREENSÃO
Alexandre, obrigada pela compreensão
e paciência de aqui pôr uma postagem.
AMANHÃ DIA GRANDE
também para nós, amigos...
e paciência de aqui pôr uma postagem.
AMANHÃ DIA GRANDE
também para nós, amigos...
SÓ A IMAGEM DESTE NAVIO-PRISÃO FANTASMA
Signufica que estou aqui há imenso tempo a tentar pôr a fotografia daquilo que chamam de hotel e que eu chamo navio, prisão (não se pode sair daqui senão de carro, não há ruas, não há uma lojazinha com postais, jornais, pensos higiénicos, acetona, sei lá...) e não cconsigo.
NÂO QUERO ESCREVER O NOME DO HOTEL, mas ... está difícil.
Teimosa como sou vou continuar, mas a ver.
Para viver, leio «coração andarilho» que me deu a Élia (certinho p'ra mim),
escrevo,
tricoto os casacos de uns gémeos p'ra nascer.
E ainda tenho imensas brigas com o Manel, que estúpida.
Ai.
Mas não desisto.
Até logo.
NÂO QUERO ESCREVER O NOME DO HOTEL, mas ... está difícil.
Teimosa como sou vou continuar, mas a ver.
Para viver, leio «coração andarilho» que me deu a Élia (certinho p'ra mim),
escrevo,
tricoto os casacos de uns gémeos p'ra nascer.
E ainda tenho imensas brigas com o Manel, que estúpida.
Ai.
Mas não desisto.
Até logo.
Thursday, August 12, 2010
INESQUECÍVEL
A propósito da tal festa de anos, eu disse ao Manel:
- Dá mesmo muito trabalho. E é caro.
Resposta do Manel:
- É MUITO MAIS CARO NÃO FAZER FESTAS.
É mesmo, acreditem. Às vezes parece que o Manel sabe mesmo tudo.
- Dá mesmo muito trabalho. E é caro.
Resposta do Manel:
- É MUITO MAIS CARO NÃO FAZER FESTAS.
É mesmo, acreditem. Às vezes parece que o Manel sabe mesmo tudo.
A TODOS OS MEUS AMIGOS
No tal oito de Agosto de 2010, dei a cada um dos amigos que estavam, este poema de Sophia.
Fica aqui
dado também
a todos os que não estavam
com alegria
com gratidão:
«Voltar ali onde
A verde rebentação da vaga
A espuma o nevoeiro o horizonte a praia
Guardam intacta e impetuosa
Juventude antiga
Mas como sem os amigos
Sem a partilha o abraço a comunhão
Respirar o cheiro a alga da maresia
E colher a estrela do mar em minha mão»
Sophia de Mello Breyner Andresen
Fica aqui
dado também
a todos os que não estavam
com alegria
com gratidão:
«Voltar ali onde
A verde rebentação da vaga
A espuma o nevoeiro o horizonte a praia
Guardam intacta e impetuosa
Juventude antiga
Mas como sem os amigos
Sem a partilha o abraço a comunhão
Respirar o cheiro a alga da maresia
E colher a estrela do mar em minha mão»
Sophia de Mello Breyner Andresen
Wednesday, August 11, 2010
NASCER
Fiz setenta anos no domingo.
Sei e quero saber sempre o que é nascer.
Como disse nessa fantástica festa,
lembrando as fantásticas lições com a Filipa
lembrando Eça
lembrando todos
a surpresa e o entusaiasmo de correr para o americano que ali vem.
Para um passo novo.
reinventado.
Conto comigo
Com todos
Sei e quero saber sempre o que é nascer.
Como disse nessa fantástica festa,
lembrando as fantásticas lições com a Filipa
lembrando Eça
lembrando todos
a surpresa e o entusaiasmo de correr para o americano que ali vem.
Para um passo novo.
reinventado.
Conto comigo
Com todos
Thursday, August 05, 2010
TEMPO
Nunca quis saber a medida do tempo
e nem se o tempo passa
ou ficamos presos e livres num ponto qualquer
Nunca quis
e não quero
Da minha vida
até agora guardo tudo e todos
(duro é que a tal memória tanta vez me faz guardar a palavra, a notícia, o gesto que não quis, mas é genético)
«Amarelo e solar» é assim que te vejo - disse-me o Manuel.
Até ao fim Manel
Qual fim ?
e nem se o tempo passa
ou ficamos presos e livres num ponto qualquer
Nunca quis
e não quero
Da minha vida
até agora guardo tudo e todos
(duro é que a tal memória tanta vez me faz guardar a palavra, a notícia, o gesto que não quis, mas é genético)
«Amarelo e solar» é assim que te vejo - disse-me o Manuel.
Até ao fim Manel
Qual fim ?
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