Wednesday, October 22, 2008

MEMÓRIAS A PROPÓSITO DE ONTEM, 21 DE OUTUBRO


A ver se adivinham quem está no «embrulhinho»
À volta, não é difícil. A ternura, a alegria, a festa de uma família que leva «tal embrulhinho» a baptizar.

E a refilice da mãe para o sacristão que afirmava «é a madrinha que traz a criança».
«A mãe sou eu. Eu é que o trago».

Friday, October 17, 2008

HORA DE ALMOÇO

Carrego em «iniciar sessão».
E continuo. «Nova postagem»
À procura de mim.

E à direita, em baixo, o computador aponta 13h11.
O almoço.
Reajo mal. E digo «É sempre assim»

Preparo-me para fechar tudo. Um bocado zangada.

Mas sei que é nas rotinas que tanta vez me encontro. Nestas e noutras.

E vem-me certinha a afirmaçÃO de Teresa de Ávila que admiro cada vez mais) «Deus está entre as caçarolas».

Hei-de encontrar-me, claro.

Sunday, October 12, 2008

PARABÉNS JOAQUIM FRANCO

Pela coragem da reportagem que hoje vi na Sic e que julgo se chamava «Os padres e a política».

Doeu-me e regozigei-me por estes homens.

O cristianismo tem consequências.
Às vezes duras.
Sempre proféticas.

Gostei muito da serenidade de Maria do Rosário Carneiro.

Cai a noite com um certo nó na garganta.

E a certeza de que «quando o Filho do homem vier encontrará a fé sobre a Terra».

Friday, October 10, 2008

DIANTE DE MIM

Ontem o Manel fez um cataterismo.
Eu sabia que ele estava cheio de medo.
Eu também.

Foi bom, ficar ali sozinha no quarto.
Esperar um tempo que pareceu imenso.
Tentei reler «O Diário de Etty». Sei que qualquer página serviria.
Mas não dava.
Peguei na malha.
No silêncio.
No medo.
No estar ali sozinha.
Nalgumas, poucas, lágrimas serenas

E tudo isto foi uma oração.

Talvez se comece a revelar o que escondem afinal os meus novelos.

Nota - O cataterismo correu bem.

LOBO ANTUNES, UM COMEÇO

Não ouvi a entrevista de Mário Crespo a Lobo Antunes. Só um excerto.
Faz-me voltar aqui.
Partilhar as palavras e o que revelam.
Não as terei retido certinhas, mas arrisco
«A morte de um pai é terrível.
Um pai está entre nós e a morte.
(...)
Depois, quando a morte bater, somos nós a abrir-lhe a porta.»
E
«É como um fim de semana.
Durante a semana ainda vá que não vá. Horários. tarefas.
No fim de semana, estamos perante nós próprios.»

«Ou como a reforma.
Um casal passa a tropeçar no quotidiano de um outro.»

Tal qual.

E Mário Crespo

«É preciso dizer «ontem não te vi em Babilónia.»

Lobo Antunes - «E gostava de te ver»

Reinventar o dia.

Um começo.