Não vamos esquecer estes trinta quilos a mais.
Mas havemos de guardar
o sorriso
o vestido amarelo
e outra vez o sorriso
outra vez o sorriso
E sempre diremos «sempre»
como tão depressa o descobrimos.
Wednesday, April 21, 2010
Monday, April 19, 2010
AMOR ANTIGO
Porque Carlos Drumond o diz tão bem
e porque quero lembrar cada verso em cada dia,
aí vai:
«O amor antigo vive de si mesmo,
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.
O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.
Se em toda a parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
o antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.
Mais ardente, mais pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.»
de Carlos Drummond de Andrade © Graña Drummond
e porque quero lembrar cada verso em cada dia,
aí vai:
«O amor antigo vive de si mesmo,
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.
O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.
Se em toda a parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
o antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.
Mais ardente, mais pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.»
de Carlos Drummond de Andrade © Graña Drummond
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