Friday, June 29, 2007

É URGENTE PENSAR

Não gosto nada de fumo, irrito-me com quem fuma, sei bem as suas consequências .
Temos passado algumas ou bastantes situações difíceis por causa do fumo, mas não posso deixar de concordar com o André. Por isso transcrevo do seu blog estas palavras, com um louvor por pensar.

«As declarações deste professor, situam o problema do tabagisgo na quantidade de dinheiro que o estado gasta em despesas relacionadas com o dito tabagismo. Mas andamos a brincar ? O problema do tabagismo reside no dinheiro que o estado gasta ? A saber e olhando para números de 2003: "O Estado, segundo o Boletim de Execução Orçamental de Dezembro de 2003, arrecadou cerca de 1220 milhões de euros com a venda de cigarros. Ou seja, dos 1593 milhões de euros envolvidos, 76,5% foram parar aos cofres públicos."Vamos ser honestos, fumar até que é estúpido, mas o tabagismo é um negócio rentável para o estado. Espero que o estado não gaste muito dinheiro em estudos descontextualizados»

Wednesday, June 27, 2007

HÁ PALAVRAS INFELIZES

Ontem fez anos a nossa rainha Ana.
A alegria e a confusão das festas com muitas crianças e gente nova! Bem bom! Tantas vezes me revejo por aí...
A rainha Ana é a nossa nora.
É isso que quero dizer. Há palavras infelizes.
Nora. Genro. Sogra. Sogro.... Guerra. Não. Fome. Solidão....
Uma data delas.

Era já meia noite quando o Manel recebeu no telemóvel uma mensagem linda que quero aqui escrever. Dizia
«Já estou no avião. Um beijinho de parabéns para a Ana. E para vocês que têm uma nora muito querida.»

É muito querida. Mas «não é uma nora»
Há palavras infelizes....
Vou mesmo procurar as palavras felizes.

E dizer Parabéns à Ana abrindo a janela da ternura.

Wednesday, June 13, 2007

NARURALMENTE QUERIA QUE LHE TROUXESSE OS PÃEZINHOS...

Pães de Santo António.
Ainda tenho ali um, bem rijo, que a avó Alice trouxe para «os meninos», quer dizer, para a Maria e para o André. Está ali, na cristaleira.

E hoje, aquele telefonema da Maria do Céu.
«Fui à igreja de Santo António. Trago sempre uns pãezinhos para os meus netos. Naturalmente também queria que lhe tivesse trazido para os seus ...»
E eu que não, não costumo.

Mas depois, o melhor, se tiver saúde, é ir lá para o ano.
Afinal os rapazes podem rir-se, mas no fundo, no fundo hão-de gostar.
Pão,
em pãezinhos pequeninos, pela cidade, ...

ÀS VEZES NÃO CONSIGO POSTAR NADA

E depois fico aqui imenso tempo... e nada.
Por exemplo, Zé e João, não consegui escrever-vos.
Daqui vai um beijo muito amigo e... incompetente também

Saturday, June 09, 2007

«ESCREVER PARA VIVER» « VIVER PARA ESCREVER»

Como se de uma malha de afectos
se tratasse ...

POSSO FAZER-LHE UMA PERGUNTA? GOSTA DE POESIA?

Fomos ao Chiado comprar café.
Lá consegui fazer o Manel acreditar que o 28 é fantástico e rápido e é que foi mesmo.

Ao pé da igreja dos Mártires,uma rapariga, um rosto e um sorriso.

Depois as duas perguntas.
E o sorriso.

Numa mão algumas folhas com poemas.

Eu «Você está aqui a dar-nos poesias?»

»Eu não dou poesias. Vendo»
E o sorriso
«Para não pedir»

Comprei com um nó na garganta.
«Deixe-me dar-lhe um beijo. Não se compra a poesia»

E ela «A senhora cheira muito bem.»

E quando o Manel acendeu uma cigarrilha «Posso pedir~lhe uma? »

Por causa do café,
Por causa do Chiado que nos é tão caro e tão familiar.

Até ao fim dos meus dias, este rosto, este sorriso, estas perguntas.
E as poesias em duas folhas A4 dobradas na mala.
Talvez eu lhe tenha suscitado a memória de um tempo dos afectos! « A senhora cheira tão bem!

Que esta noite a envolva um tudo nada de ternura.
E em todas as noites.

E que o meu tempo seja sempre o tempo de parar.

Friday, June 01, 2007

A PANDEIRETA

Ontem, véspera do Dia da Criança, andei por aí à procura de um coisa de nada para cada um dos meus netos. Género um berlinde, uma gaita de beiços, uma bola de cor, qualquer coisa mesmo só para brincar... E nisto os meus olhos dão com uma pandeireta.
Veio a tal memória.
Foi assim em vésperas de Natal:
- Vá lá, Teresinha, pede ao Menino Jesus o que queres ter.
- Então, Mãe, saia daqui.
(eu teria uns quatro anos)
E saíu.
Mas havia uma porta que dava para a saleta ao lado.
- Então Teresinha, não pedes?
- Mãe já pedi. O Menino Jesus não precisa que eu fale alto. Eu já lhe disse. Baixinho.

Não sei imaginar o desespêro da minha mãe.

Dois ou três dias depois, foi dia de Natal.
Entro na cozinha (os presentes vinham na chaminé):
-Mãe, não tive a pandeireta!

Pobre Mãe.
Depois não houve mais Natal em que não recebesse sempre uma pandeireta.

Mas aquela primeira... Mãe!