Levámos esta manhã o teu corpo a enterrar.
Dolorida obra de misericórdia!
No carro, olhei no telemóvel o teu número.
Gostamos de telemóveis.
Neste tempo que anunciou a tua morte, usámo-los muitas vezes.
Eles foram o meio quase certo de ouvir a tua voz.
Conversávamos
E ainda que soubéssemos tão bem o que queríamos dizer, escondíamos o medo e a dúvida em palavras banais.
E em risos.
Vi no telemóvel o teu número e não quis apagá-lo.
Que tolice irracional.
Agora não precisamos mais deste objecto.
É que estás sempre, sempre em linha.
E escutas.
Olha, envia-nos como puderes uma mensagem qualquer que nos garanta
que é mesmo verdade
a tua vida plena.
Faz-nos mais esse gesto de amor,
Como os outros muitos que tiveste.
Sunday, January 29, 2006
Tuesday, January 24, 2006
Saturday, January 21, 2006
Thursday, January 19, 2006
F PESSOA
Às vezes, quando a vida não é lá muito fácil, vem-me com insistência o verso Pessoa, que quero para mim
«Aqui ao leme sou mais do que eu...»
Para me lembrar que é de pé que se vive, que se escolhe, que se enfrenta o dia.
«Aqui ao leme sou mais do que eu...»
Para me lembrar que é de pé que se vive, que se escolhe, que se enfrenta o dia.
Thursday, January 12, 2006
VOU AO CASAL VENTOSO
Hoje vou ao Casal Ventoso.
Só para me sentar por lá.
Só para estar.
Ouvir, quem sabe.
Surpreender-me.
A rua Maria Pia divide o nosso bairro. Espécie de porta de castelo ensombrado
E hei-de encontrar, adormecida princesa.
Talvez, adormecida a vida.
Adormecida, a esperança.
Lá vou eu.
Só para me sentar por lá.
Só para estar.
Ouvir, quem sabe.
Surpreender-me.
A rua Maria Pia divide o nosso bairro. Espécie de porta de castelo ensombrado
E hei-de encontrar, adormecida princesa.
Talvez, adormecida a vida.
Adormecida, a esperança.
Lá vou eu.
Sunday, January 08, 2006
QUE BOM PARA O EGO
Ontem, à saída da missa, uma senhora muito nova veio ter comigo «se eu dava aulas na Bartolomeu de Gusmão?»
«Dei, reformei-me há pouco tempo» ( e aquele «nunca mais» a doer-me cá dentro).
«É que sou professora de alguns alunos seus. Falam muito de si. E com tanta amizade.»
E num sorriso cúmplice «Olhe, que nunca lhes fiz a vida fácil!»
Trocámos os telefones.
E um dia destes, num qualquer café de Campo de Ourique, vamos havemos de encontrar-nos.
Para falarmos dos rapazes.
E dizermos afectos.
Parece haver todos os dias uma razão para dizer que a vida vale mesmo a pena.
«Dei, reformei-me há pouco tempo» ( e aquele «nunca mais» a doer-me cá dentro).
«É que sou professora de alguns alunos seus. Falam muito de si. E com tanta amizade.»
E num sorriso cúmplice «Olhe, que nunca lhes fiz a vida fácil!»
Trocámos os telefones.
E um dia destes, num qualquer café de Campo de Ourique, vamos havemos de encontrar-nos.
Para falarmos dos rapazes.
E dizermos afectos.
Parece haver todos os dias uma razão para dizer que a vida vale mesmo a pena.
MAIS UMA RAZÃO DE DIZER ALEGRIA
Ontem o Bernardo veio visitar este blog e escreveu um comentário.
Só posso agradecer-lhe as palavras e a ternura.
O Bernardo é o nosso neto mais velho.
Estranhamente surpreendida, tenho compreendido como o Bernardo cresce. Um rapaz!
Atento ao mundo. Com um sentido crítico que vai amadurecendo. E bem.
Julgo que ele já que a vida se faz também com as nossas mãos.
O Bernardo é nosso neto.
E um grande, grande companheiro.
Só posso agradecer-lhe as palavras e a ternura.
O Bernardo é o nosso neto mais velho.
Estranhamente surpreendida, tenho compreendido como o Bernardo cresce. Um rapaz!
Atento ao mundo. Com um sentido crítico que vai amadurecendo. E bem.
Julgo que ele já que a vida se faz também com as nossas mãos.
O Bernardo é nosso neto.
E um grande, grande companheiro.
Friday, January 06, 2006
A leitaria Ecila
Hoje Dia de Reis.
Gorda como estou, lá fui comprar o super bolo rei da pastelaria Aloma.
Por imensas razões.
Memórias.
E aquele cheirinho.
E ainda quente....
E depois a festa na pastelaria.
Imensa gente a comprá-lo.
Sem pensar na crise. Que bom!
Gorda como estou, lá fui comprar o super bolo rei da pastelaria Aloma.
Por imensas razões.
Memórias.
E aquele cheirinho.
E ainda quente....
E depois a festa na pastelaria.
Imensa gente a comprá-lo.
Sem pensar na crise. Que bom!
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