Para que não seja só a dor a ensombrar o dia,
socorro-me de Simone. Bem alto.
Aqui vai:
Começar de novo
E contar comigo
Vai valer a pena
Ter amanhecido
Ter me rebelado
Ter me debatido
Ter me machucado
Ter sobrevivido
Ter virado a mesa
Ter me conhecido
Ter virado o barco
Ter me socorrido
Começar de novo
E contar comigo
Vai valer a pena
Ter amanhecido
Começar de novo
E contar comigo
Vai valer a pena
Ter amanhecido
Começar de novo
E contar comigo
Vai valer a pena
Friday, September 10, 2010
Monday, September 06, 2010
«OS VELHOS» de A O'Neil
Antes que todas as tarefas me atropelem o dia
antes de terminar (?) palavras que hão-de dizer a dor da morte do Tomaz,
enquanto apenas velo o sono doloroso do Manuel,
assalta-me a vontade de transcrever os versos de O'Neil,
cuja morte também dói.
Antes de tudo
Aí vão:
OS VELHOS
«Velhinhas de gargantilha
visitam o neto, a filha,
levam bombons de creme
ou palitos de la reine.
(...)
Um velho tira dos dedos
profecias e enredos.
Outros fazem esgares,
têm poses e vagares.
E a velha que se desleixa
e morre sem uma queixa?
Venha a cidade ajudar a abotoar o casaco
que não faz nada demais.
Velhos, meus queridos velhos,
saltem-me para os joelhos.»
Que fiquem para a dureza dos dias
acutilantes como O'Neil
tão cheias de ternura como O'Neil.
antes de terminar (?) palavras que hão-de dizer a dor da morte do Tomaz,
enquanto apenas velo o sono doloroso do Manuel,
assalta-me a vontade de transcrever os versos de O'Neil,
cuja morte também dói.
Antes de tudo
Aí vão:
OS VELHOS
«Velhinhas de gargantilha
visitam o neto, a filha,
levam bombons de creme
ou palitos de la reine.
(...)
Um velho tira dos dedos
profecias e enredos.
Outros fazem esgares,
têm poses e vagares.
E a velha que se desleixa
e morre sem uma queixa?
Venha a cidade ajudar a abotoar o casaco
que não faz nada demais.
Velhos, meus queridos velhos,
saltem-me para os joelhos.»
Que fiquem para a dureza dos dias
acutilantes como O'Neil
tão cheias de ternura como O'Neil.
Friday, September 03, 2010
D TOMAZ DA SILVA NUNES, O COMPANHEIRO AMIGO
Nunca nos habituámos a chamar-te senhor D. Tomaz.
Foste,
és o pe Tomaz ou apenas o Tomaz.(bem me lembro de quantas vezes te dizia de cor - com alguma zanga do Manel – o poema de Daniel Felipe «Tomasinho-Cara-Feia vai p'rá pesca da baleia. Quem sabe se tornará?»
e tu foste sempre o amigo,
o camarada,
o companheiro também dos nossos filhos,
tu foste,
tu és
um entre nós.
Quando te vi, não há muito, disseste «Lembrei-me tanto de ti. Por causa de um bom documentário sobre Tibaldinho.» E eu, sem qualquer censura, bem sabias, bem sabes como sou «Prometido. Hei-de dar-te um paninho de Tibaldinho.»
O Manel abriu-me os olhos, está-se a ver. Estávamos mesmo ao lado do Patriarca.
(texto interrompido com muita pena e obviamente a continuar, Vou pôr na mesa o jantar)
Foste,
és o pe Tomaz ou apenas o Tomaz.(bem me lembro de quantas vezes te dizia de cor - com alguma zanga do Manel – o poema de Daniel Felipe «Tomasinho-Cara-Feia vai p'rá pesca da baleia. Quem sabe se tornará?»
e tu foste sempre o amigo,
o camarada,
o companheiro também dos nossos filhos,
tu foste,
tu és
um entre nós.
Quando te vi, não há muito, disseste «Lembrei-me tanto de ti. Por causa de um bom documentário sobre Tibaldinho.» E eu, sem qualquer censura, bem sabias, bem sabes como sou «Prometido. Hei-de dar-te um paninho de Tibaldinho.»
O Manel abriu-me os olhos, está-se a ver. Estávamos mesmo ao lado do Patriarca.
(texto interrompido com muita pena e obviamente a continuar, Vou pôr na mesa o jantar)
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