Surpreendentemente
a Vida,
a Alegria,
o Espanto.
Nasceu-nos hoje, 26 de Fevereiro, o nosso querido Tomaz de Mello Barreto.
Que Deus te abençoe e proteja.
Estamos cá todos para te dar também uma mãozinha.
Sunday, February 26, 2012
Sunday, February 19, 2012
IGREJAS CAEIRO, A VOZ , A PRESENÇA
Eu já nem sabia se o senhor ainda estava vivo.
Li em nota de rodapé, depois procurei na net.
E encontrei. Regresso à infância. Aos tempos da Radio. Essas vozes tão perto. Sabe-se lá, até parecia atrás do aparelho.
OS COMPANHEIROS DA ALEGRIA
O COMBÓIO DAS SEIS E MEIA
Pois. Morreu assim em Domingo de Carnaval. Certo com ele.
Quem é que mandou calar o Carnaval?
Ele é notícia, pois ...
Este jeito de mandarem calar pessoas, gerações, ideais, vozes ...
Fora de prazo.
Quase fria parece, a notícia. Sem memória, sem afectos.
Em casa dos meus pais, não. Parava tudo para ouvir.
Diz assim:
Morreu Igrejas Caeiro. Francisco Igrejas Caiero era um dos nomes mais marcantes da rádio, do cinema e também da televisão em Portugal. Foi afastado da antena pela ditadura do Estado Novo, por causa de declarações sobre a ocupação militar portuguesa de territórios na Índia. O regresso aos microfones só aconteceu depois do 25 de Abril. Era também actor, encenador e locutor. Igrejas Caeiro foi militante do PS, deputado à Assembleia da República e vereador da Câmara Municipal de Cascais. Igrejas Caeiro era natural de Castanheira do Ribatejo e morreu aos 94 anos.
Li em nota de rodapé, depois procurei na net.
E encontrei. Regresso à infância. Aos tempos da Radio. Essas vozes tão perto. Sabe-se lá, até parecia atrás do aparelho.
OS COMPANHEIROS DA ALEGRIA
O COMBÓIO DAS SEIS E MEIA
Pois. Morreu assim em Domingo de Carnaval. Certo com ele.
Quem é que mandou calar o Carnaval?
Ele é notícia, pois ...
Este jeito de mandarem calar pessoas, gerações, ideais, vozes ...
Fora de prazo.
Quase fria parece, a notícia. Sem memória, sem afectos.
Em casa dos meus pais, não. Parava tudo para ouvir.
Diz assim:
Morreu Igrejas Caeiro. Francisco Igrejas Caiero era um dos nomes mais marcantes da rádio, do cinema e também da televisão em Portugal. Foi afastado da antena pela ditadura do Estado Novo, por causa de declarações sobre a ocupação militar portuguesa de territórios na Índia. O regresso aos microfones só aconteceu depois do 25 de Abril. Era também actor, encenador e locutor. Igrejas Caeiro foi militante do PS, deputado à Assembleia da República e vereador da Câmara Municipal de Cascais. Igrejas Caeiro era natural de Castanheira do Ribatejo e morreu aos 94 anos.
Tuesday, February 14, 2012
14 de Fevereiro DIA DOS NAMORADOS
A MF enviou-me este texto.
Fresco.
Como tudo que começa e sempre recomeça.
A vida vale.
Também os afectos nos sustêm.
Sempre
Sentimentos Olhares Afectos
Verdade, verdade é que os sentimentos são um atraso de vida.
Paralisam ou põem tudo em rodopio.
Estremecem.
Tiram de órbita.
Afundam e ressuscitam.
Fazem rodar as quatro estações.
Na mesma tarde.
Acreditam?
Verdade, verdade é que os sentimentos atrasam. Deixam o trabalho para depois.
Despistam.
Aproximam o pó das estrelas e distanciam o pó das sebentas.
Que fazer?
Suspiros. Olhares. Olhinhos.
A linguagem passa perigosamente ao estado diminutivo sempre que os sentimentos perigosamente se expandem.
O pior é que nem pela ironia se dá.
Mas a verdade, a grande verdade é que os sentimentos interessam.
Tornam-nos gente.
Ensinam-nos a ser.
Pedem de nós o que trazemos de único e de irrepetível.
E preparam-nos para querer, para desejar receber o mesmo.
Do outro. Da outra.
Um comércio puro, gratuito.
Tão diferente, tão distante
dos rotineiros comércios.
A qualidade do nosso estar, aqui ou noutro lado, as coisas que temos ou que gostamos mesmo de aprender, os outros com que vamos tecendo o quotidiano, o sentido mais profundo que buscamos emprestar à nossa vida
dão-nos estofo. Firmeza interior.
Capacidade de construir.
Não aconteça sermos nós
uns atrasos de vida que fazem emperrar
os essenciais sentimentos.
Tolentino Mendonça
Fresco.
Como tudo que começa e sempre recomeça.
A vida vale.
Também os afectos nos sustêm.
Sempre
Sentimentos Olhares Afectos
Verdade, verdade é que os sentimentos são um atraso de vida.
Paralisam ou põem tudo em rodopio.
Estremecem.
Tiram de órbita.
Afundam e ressuscitam.
Fazem rodar as quatro estações.
Na mesma tarde.
Acreditam?
Verdade, verdade é que os sentimentos atrasam. Deixam o trabalho para depois.
Despistam.
Aproximam o pó das estrelas e distanciam o pó das sebentas.
Que fazer?
Suspiros. Olhares. Olhinhos.
A linguagem passa perigosamente ao estado diminutivo sempre que os sentimentos perigosamente se expandem.
O pior é que nem pela ironia se dá.
Mas a verdade, a grande verdade é que os sentimentos interessam.
Tornam-nos gente.
Ensinam-nos a ser.
Pedem de nós o que trazemos de único e de irrepetível.
E preparam-nos para querer, para desejar receber o mesmo.
Do outro. Da outra.
Um comércio puro, gratuito.
Tão diferente, tão distante
dos rotineiros comércios.
A qualidade do nosso estar, aqui ou noutro lado, as coisas que temos ou que gostamos mesmo de aprender, os outros com que vamos tecendo o quotidiano, o sentido mais profundo que buscamos emprestar à nossa vida
dão-nos estofo. Firmeza interior.
Capacidade de construir.
Não aconteça sermos nós
uns atrasos de vida que fazem emperrar
os essenciais sentimentos.
Tolentino Mendonça
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