Monday, January 31, 2011

«DOMINGO AO FIM DO DIA. . . . .»

Comecei esta postagem no domingo e ao fim de dia.

Estava uma confusão. E acrescentei «Não leiam. Hei-de dar forma e conteúdo a esta mensagem.

Aí vai

Não me lembro de gostar muito de domingos. Tinha sempre esta pergunta
o que faço hoje?

O domingo trazia consigo esta pergunta/esta prisão.
Era preciso fazer qualquer coisa de diferente.

Também não gosto quase nada de distracções. Gosto mais de razões.

Portanto há tanta coisa de que eu gosto de fazer ao domingo. Sobretudo «coisas de nada».

Nesta nova situação tem sido mais difícil.

No domingo passado, entrei em casa e «nesta dificuldade» lembrei-me da canção, no poema que tinha oferecido ao Manuel quando fizemos dez anos de casados ( «vinte» passou a «dez»).

Estas palavras são tão certas.

Aí vão uns excertos:

"Veinte anos de estar juntos,
esta tarde se han cumplido,
para ti flores, perfumes
para mi... Algunos libros!
No te he dicho grandes cosas, !
ya sabes cosas de viejos!
Hace tiempo que intentamos
bonar nuestro Destino,
Tú bajabas la persiana.
Yo apuraba mi ultimo vino.
Hoy En esta noche fría
casi como ignorando
el sabor de soledad compartida,
quise hacerte una canción,
para cantar despacito,
como se duerme a los ninos.
Y ya ves solo palabras,
sobre notas me han salido.
Que al igual que tú y que yo,
se soportan amistosas,
ni se importan ni se estorban,
mas non son una canción. ...
Qué helaba está esta casa. ...
Será que está cerca del Rio. ...
O es que entramos en invierno. ...
Y están llegando... ...
Están llegando los fríos".


Patxi Andion

Nós fomos,
nós somos «uma canção»
Sempre

Thursday, January 27, 2011

À PROCURA DE TESOUROS PERDIDOS

Acordei, vi um sol mesmo amarelinho, disse para mim «Vou escrever no meu blog Está sol.

Depois, seguidinhos, uma chuva. Um frio.

E esta chuva, este frio falavam-me da televisão que temos, dos programas até à 1 da manhã.

Telenovelas cujo objectivo me parece «quanto mais alienarmos os telespectadores MELHOR».

Depois Bibi ... Quem pagou E COMO SE PERMITE? Fala-se, palavras que não ouvimos e não nos inquitam.

Depois hão-de encher-se os écrans com imagens, velas, flores, figuras cheias de visibilidade na «metade» do enterro de Carlos...

Procurámos a vida toda viver cumprindo ideais,
procurámos trabalhar cumprindo.

Procurámpos SER.

E agora?

Quero para mim a dinâmica de procurar estes tesouros.
Até ao fim.

Onde se guarda esta procura?

Monday, January 24, 2011

CADA DIA ... UM POUCO MAIS

Afinal, e depois das presidenciais ( eu tão zangada com o painel...), ontem é verdade que senti tanto a tua falta.Valeu-me o André que me telefonou e perguntou «Mãe, amanhã vamos à escola?»

E fomos. E foi muito bom.
Com quase trinta aninhos de diferença, encontrámos muita gente conhecida, não eram sempre os mesmos, claro.
E foi uma festa. (Campo de Ourique é assim ...).

Lembras-te de quando fui votar pela primeira vez no tempo de Marcelo. Até aí, mulheres a votar, nunca. A paciência com que estiveste numa fila enorme até que chegasse a minha vez.
As lutas académicas.
Os ideais.

Ir votar foi sempre um acto de liberdade. De consciência. De alegria.

Mas sei-te sempre tão entrelaçado e digo quase sempre «nós», enquanto procuro um outro jeito. Um outro passo.

Isto tudo para dizer também que a postagem anterior não faz muito sentido. Não é bom desejar que o tempo que pare.
Hoje, assim.
Amanhã outro dia.
Sempre vida.
E vida sempre nova.

Monday, January 03, 2011

DO TEMPO ...

Estava eu a tentar escrever sobre o Ano Novo e uma agenda nova,

quando da memória da juventude surgiam as palavras de Lamartine

«Ainsi, toujours poussés vers de nouveaux rivages,
Dans la nuit éternelle emportés sans retour,
Ne pourrons-nous jamais sur l'océan des âges
Jeter l'ancre un seul jour ?

Et la voix qui m'est chère
Laissa tomber ces mots :

« Ô temps, suspends ton vol ! et vous, heures propices,
Suspendez votre cours !
Laissez-nous savourer les rapides délices
Des plus beaux de nos jours !

« Assez de malheureux ici-bas vous implorent ;
Coulez, coulez pour eux ;
Prenez avec leurs jours les soins qui les dévorent ;
Oubliez les heureux.
(...)

L'homme n'a point de port, le temps n'a point de rive ;
Il coule, et nous passons ! »

Não sei se é «demasiado francês», mas vale.

Talvez porque sempre o senti forte em mim, me lembre tão bem
palavra por palavra.

Saturday, January 01, 2011

Desbloqueou o Blog. Ano Novo, deve ser isso ...

Só para dizer «Bom Ano»

E pedir-vos que não deixem que esta crise seja o centro da vida.

Só a vida é a razão da vida.

Cada dia serenamente,

aprendendo sempre.