Sunday, May 07, 2006

OS NOMES DOS DIAS

Afinal, gosto « dos dias ».
Às vezes, raras vezes, disse que não valia a pena.
Mentira.
Gosto mesmo.
Hoje, dia da mãe.
Sempre isto.
Uma balbúrdia.
A loiça toda cá fora . A loiça a respirar enfim nas nossas mãos. A contar todas as histórias. A contar a vida.
A dizer a presença dos que já não estão connosco. A dizer deste jeito a eternidade.
A loiça toda a acolher os mais pequenos, tão novatos nestas coisas. E tão giros!
Gosto tanto dos dias.
A casa torna-se um espaço enorme.
A casa é uma mesa grande, que desde sempre teve um prato a mais. «Sabe-se lá quem vem... às vezes, pode ser.»
A casa é o quintal.
A casa de repente é só o maple do avô.
A casa...

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