Friday, April 13, 2007

FILIPA PAIS DE SOUSA


Amanhã faz anos a Filipa. Vinte e oito.
Filha de uma colega minha e depois, grande amiga.
Conhecia a cachopa ainda adolescente, com um jeito simpático e rebelde. E com más notas a francês. A mãe, que «ela não gosta nada». E eu, « não pode ser. Vê lá se ela aparece lá em casa. Vai ser uma tourada, mas talvez…»
E foi assim.
Lá melhorámos.
No ano seguinte «se eu a ajudava em Literatura»
E era ver, perante cada autor e cada obra, uma jovem com uma das maiores qualidades que se pode ter: DAR LUTA PORQUE PENSA. As lições começavam sempre com frases como «não percebo nada», «não consigo» ou «não gosto »
E os olhos brilhantes. À espera da tal luta.

Julgo que a ela se deve a paixão que a Filipa ganhou pelas palavras, pela poesia, pelo teatro.
É vê-la no palco, genial, a dominar e a atrair uma sala cheia.

Recebi um e-mail «Vou fazer uma festa de anos para as mulheres da minha vida. E quero que esteja lá.»

Lá vou eu, Filipa. Surpreendida e feliz. Com quase quarenta anos a mais.
E ao pé de ti, imagina, não o sinto.
Tenho a mesma idade.
Entusiasmo-me. E apetece-me mesmo dizer «não gosto nada», «não percebo».
E falo-te da minha vida, de igual para igual.

Obrigada, Filipa pela festa dos teus anos e pela festa que tu és.
Obrigada por dares também um sopro de festa à minha vida. E a outras vidas.

PARABÉNS, FILIPA:
CONTINUA SEMPRE A FESTA.
A VIDA FICA TÃO MELHOR.

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