Monday, April 23, 2007

FESTAS & FESTAS

Depois do anúncio da festa da Filipa, o meu blog ficou mudo, silenciado por inércias e tarefas.
Mas regresso.
Para festejar.

DA FILIPA
«Minha rica menina», pediu que dela disséssemos um defeito e uma qualidade.
E que contássemos uma história que a protagonizasse.
E eu com vontade de mandar calar os defeitos.
Oh Filipa, é que aquilo era uma festa, não era uma sessão de psicoterapia nem uma confissão.
E depois FOI E É A TUA FESTA. E tu a dizeres que «a partir de amanhã prometias emendar-te. Mesmo das vírgulas.»
Por favor, Filipa, corre. Corre a teu favor. Corre para o eléctrico 28. Ou para um outro qualquer. E agarra a vida. A TUA.
Feliz.

A FESTA DOS ANOS DA XEXÃO
Setenta.
A vida toda contada com afecto.
Em ramos de ternura.
Chamaste tudo e todos.
Os que já por cá estavam quando nasceste.
«Os», isto é, «as» do colégio.
Os da política.
Os da educação.
Os sobrinhos.
Etc… Etc…
Íamos desfilando. Tirámos fotografias.
Cada um acendeu uma vela. Que não se apagou.
Tivemos todos saudades.
E tivemos projectos.
Recomeçámos.
Fizemos a tua festa. E a nossa. Para continuar.
Desta forma sempre sonhada e nova, como cantou o Fanhais. Alcançamos assim Jerusalém.
A Ticha leu um poema do Tolentino «Os amigos».
Foi linda a tua festa.
É LINDA A TUA FESTA.

E A FESTA DO PAI
Na sexta-feira, dia vinte, teria feito anos o meu sogro (detesto esta maneira de dizer).
Num texto para a RR escrevi-lhe umas palavras que não são memória. São presença.
Aqui, quero lembrar-me dele sentado no sofá da sala. A ler. Não dizia nada. Ou quase nada.
A ternura do sorriso tornaram natural que qualquer uma de nós três (as noras), sem hesitações, sempre lhe tivéssemos chamado PAI.
E que hoje lhe chamemos PAI.
Ele poisa o livro devagar.
E olha-nos.

No comments: