Sunday, September 02, 2007

REGRESSO




Regressar de Tibaldinho já não é de comboio. (eu gosto tanto de comboios). E muito menos é «estar quase a chegar» porque passávamos esse túnel tão comprido e tão escuro, sinal de que estávamos quase na estação do Rossio. E no Rossio, eu cheia de sono e a minha mãe «Teresinha, olha os anúncios». Era a Singer, que me lembre e as rodas da máquina de costura brilhavam e giravam.

Hoje, nós de carro. Para animar paramos numas áreas de serviço com preços proibitivos. E às vezes, lá tento, «Manel, talvez almoçar em Leiria, sai num sítio giro, não temos pressa». Ou compro o jornal que nunca leio. Ou uma revista qualquer com a colecção Outono-Inverno.

Mas é um regresso. E como aos meus netos apetece-me um caderno novo, branquinho, um lápis giro.
Logo se verá.

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