Tuesday, November 08, 2005

OUTRO CASAL VENTOSO

Quando eu tinha uns quinze anos e nada nos separava do Casal Ventoso, numa das muitas idas que lá fazia, vi (vi para sempre) esta situação que tento dizer - uma senhora inválida numa cama, tratada por uma filha quase criança e deficiente, num quarto sem tecto.
Esse quarto sem tecto, exposto a todas as intempéries não me largou nunca. Felizmente. E peço a Deus memória até ao fim.
Ontem o Manuel teve lá uma reunião no âmbito do ICNE.
Do que me contou, fica este sentimento de impossibilidade. Esta angústia da minha/nossa impossibilidade. Ou distracção voluntária.
As paredes têm tecto.
Mas como chegar lá?
E dói.

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