Tuesday, September 27, 2011

TESOUROS

Não gosto nada de arrumar, mas lá arrumo qualquer coisa
de vez em quando, muito de vez em quando.
Agora que o Manel não está há quase um ano, tenho mesmo que arrumar.

Ontem, foram as duas gavetas,onde toda a vida guardámos pequenos tesouros de papel, folhas cortadas ao meio com afectos escritos nas letras dos meus pais, do pai e da mãe do Manel, de cada um dos nossos filhos, desenhos como presentes dos Marias, uma ou outra carta de um amigo.

Não quero fazer da vida só passado.

Mas quando o passado é assim coluna que me suporta e cada dia me incita a «um outro salto para a frente», é muito bom.

Dizem também a nossa vida

São tesouros.

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