Wednesday, January 17, 2007

MARIA LARANJINHA


«Temos uma menina! Tão bonita e tão gordinha! Pesa um quilo e trezentos.»
Meia a dormir de uma anestesia (a nossa menina tirada a ferros, coisas doutros tempos… ), eu conseguia mesmo assim perceber que aquela conversa não batia certa.
Quando a avó Alice chegou como sempre antes do horário permitido, lá consegui pedir-lhe «Mãe, vá ver a menina, deve estar na estufa. Pesa um quilo e trezentos.»
E a minha mãe «Que não, tão linda, pesa três quilos e cem».
Meu querido Manuel a alegria da vida dita no primeiro choro da nossa Maria ao romper da manhã e as duas noites em branco não conseguiam deixar que dissesses as palavras certas.
Foi assim que mostraste a felicidade.
Foi então a vez da avó Céu «Tão redondinha! Parece uma laranjinha!»

E deste modo ficaste, querida filha, «a Maria Laranjinha».

Vou pedir ao pai que ponha aqui uma «fotografia histórica» que com estas palavras e outras, muitas, te hão-de dizer PARABÉNS no dia de hoje
e sempre.

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