Monday, October 02, 2006

VÍCTOR DE MELO BARRETO, MEU PRIMO IRMÃO

Não quero queixar-me da tua morte.
Foi brutal. Mas estavas a caçar, coisa de que sempre gostaste. Talvez nem tenhas dado por isso, Víctor.
Hoje, quero, da forma que puder, envolver-te em ternura.
Vou estar na igreja à espera do teu corpo morto.
Vou chorar e sorrir com a Carmen, com a Mizé, com as tuas meninas e com os rapazes. Com os teus netos também.
Vou sorrir.
Nós dois vivemos uma hitória bonita, Víctor. Tão cheia de ternura.
A minha mãe contava que a nossa avó Alice te fez um enxoval de príncipe.
E o meu pai exaltava-se a ver-te jogar no CACO, quando te chamavam «ó careca».
Víctor, tanto afecto!
Que bom que tudo isso foi.
Vou sorrir.
Sei que hás de gostar.

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