Aí vai:
«Eram 2 horas da tarde de verão.
Interrompi meu trabalho, mudei rapidamente de roupa, desci, tomei um táxi que
passava e disse ao chofer: vamos ao Jardim Botânico. "Que rua?", perguntou ele.
"O senhor não está entendendo", expliquei-lhe, "não quero ir ao bairro e sim ao
Jardim do bairro." Não sei porquê, olhou-me um instante com atenção.
Deixei abertas as vidraças do carro, que corria muito, e eu já
começara minha liberdade deixando que um vento fortíssimo me desalinhasse os
cabelos e me batesse no rosto grato de felicidade. Eu ia ao Jardim Botânico para
quê? Só para olhar.
Só para ver.
Só para sentir.
Só para viver».
Só para ver.
Só para sentir.
Só para viver».
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