Monday, July 06, 2009
TAMBÉM A REFORMA DÁ O SABOR DE RILKE
Inesperadamente,
ou não,
comecei a descobrir um outro Rilke.
E transcrevo, porque gosto tanto
«Senhor, mais pobres do que os pobres animais somos,
que com sua morte acabam, mesmo com cegueira,
porque todos nós ainda não morremos.
Dá-nos «aquela» que a ciência conhece
de atar a vida a uma latada inteira
à volta da qual Maio mais cedo comece.
«(...)
Com a eternidade tivemos relação
e quando chega a hora do parto, nasce sem sorte
o aborto da nossa morte;
curvo e aflito o embrião
cobriu as infimas pupilas com a mão
(como se algo horrível o horrorizasse)
e na fronte (...) apareceu
sobretudo o medo do que não sofreu,
e como jovem mulher que passou sem danos
por dores de parto e cesariana, nos fechamos.»
Tão perto do meu sentir.
E quase nunca o sei dizer.
Nota - Dei hoje este livro de Rilke ao Manel
Como há tantos anos ele me deu os seus poemas.
Benção...
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