Nasce, Menino Deus,
Nas nossas mãos vazias.
Nasce
No gesto que não tivemos,
Enquanto Te esperámos.
Nasce nos passos que não demos.
E nas palavras que, às vezes,
Tantas vezes, Te negaram.
Nasce nos silêncios que foram cobardia.
Pressinto que nos aceitas como somos,
E és a nossa única Esperança,
Quando a dúvida e o medo
Encharcam nossos dias.
Pressinto e sei.
E tento.
Tento quando entrego aqui e ali
Um quase nada,
Nesta forma frágil
A que chamamos uma lembrança de Natal.
Tão pobre este dizer!
Mas é assim que Te proclamo presente,
Menino Deus,
Príncipe da Paz.
No comments:
Post a Comment