Pudéssemos esquecer que não estás aqui.
Pudéssemos esquecer que não saberás o sorriso nem o choro daquela criança, a tua primeira neta, p'ra nascer.
E que Tibaldinho não mais te encontrará pelos caminhos.
Nem em nenhum lugar.
Pudéssemos esquecer este «nunca mais» e talvez Fernando Pessoa nos confortasse. Talvez. Por isso, a medo, o transcrevo.
Ainda que cada um de nós dolorosamente saiba que a morte não tem qualquer consolo, nem justificação, nem nada.
Então, de Fernando Pessoa
«A morte é a curva da estrada,
Morrer é só não ser visto.
Se escuto, eu te oiço a passada
existir como eu existo.
Pudéssemos esquecer que não saberás o sorriso nem o choro daquela criança, a tua primeira neta, p'ra nascer.
E que Tibaldinho não mais te encontrará pelos caminhos.
Nem em nenhum lugar.
Pudéssemos esquecer este «nunca mais» e talvez Fernando Pessoa nos confortasse. Talvez. Por isso, a medo, o transcrevo.
Ainda que cada um de nós dolorosamente saiba que a morte não tem qualquer consolo, nem justificação, nem nada.
Então, de Fernando Pessoa
«A morte é a curva da estrada,
Morrer é só não ser visto.
Se escuto, eu te oiço a passada
existir como eu existo.
A terra é feita de céu.
A mentira não tem ninho.
Nunca ninguém se perdeu.
Tudo é verdade e caminho.»
A mentira não tem ninho.
Nunca ninguém se perdeu.
Tudo é verdade e caminho.»
E vou procurar uma qualquer imagem do teu tão amado Tibaldinho e ver se inabilmente a consigo aqui postar.
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