Tomo muitas vezes o eléctrico 28.
E gosto muito.
Às vezes, muitas vezes, atacam-me as saudades.
Há já alguns anos, escrevi «isto» que deixo aqui em jeito de pão que se partilha.
PUDESSEMOS NÓS TOMAR OUTRA VEZ AQUELE ELÉCTRICO
DE MÃOS DADAS E A SONHAR A VIDA
A VIDA TODA
PUDESSEMOS NÓS UMA SÓ VEZ TOMAR AQUELE ELÉCTRICO
E OS NOSSOS OLHOS VISSEM DE NOVO OS ROSTOS DE PESSOAS CUJAS MÃOS PUDESSEMOS TOCAR
ACARICIAR
BEIJAR
E NÃO SEMPRE ESTA AUSÊNCIA
DAS PALAVRAS QUE NÃO VOLTÁMOS A DIZER
DAS PALAVRAS QUE NÃO PODEMOS MAIS DIZER.
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